30 Anos do Instituto Junguiano do Rio De Janeiro – IJRJ

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O Instituto Junguiano do Rio de Janeiro (IJRJ) completa, neste ano de 2019, trinta anos de dedicação à práxis da psicologia analítica, criada por Carl Gustav Jung. Esta abordagem apresentou ao mundo importantes conceitos, tais como complexo autônomo, inconsciente coletivo, arquétipos, individuação, sincronicidade, influenciando a psiquiatria, a psicologia, a ciência da religião, as artes, a sociologia e várias outras áreas do pensamento e das atividades humanas.

O Instituto tem em sua pré-história a marca da International Association for Analytical Psychology (IAAP), fundada em 1955, em Zurique, por um grupo de analistas muito próximos de C. G. Jung. Nise da Silveira (pelo pioneirismo em trazer as ideias de Jung para o Brasil, na década de 50) e Leonardo Boff (pela articulação que propiciou a publicação das obras completas de Jung aqui, na década de 70), são também parte de nossa pré-história.

Ao retornar para o Rio de Janeiro, em 1979, após completar sua formação em Zurique, Walter Boechat – que havia sido um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA) – organiza em seu consultório um grupo de estudos da obra de Jung. No final dos anos 80, junto a sua colega e esposa Paula Boechat e a outros analistas de São Paulo e Belo Horizonte, cria um novo movimento de representação da IAAP no Brasil. Assim, nasce o Instituto Junguiano do Rio de Janeiro (IJRJ), em 11 de agosto de 1989, um dos institutos-base para a formação da Associação Junguiana do Brasil (AJB).

Aqui, no IJRJ, se idealizou e executou os seguintes Simpósios e Congressos da AJB: “Jung, seu mito em nosso tempo” (maio de 1993), “O masculino em questão” (outubro de 1996), “O Futuro da Psicoterapia” (outubro, 1999), “Civilização em Transição” (outubro, 2003), “Gaia, individuação e sociedade” (setembro, 2008 ), “Alma Brasileira: Luzes e Sombra” (novembro, 2014). Por estes e outros eventos passaram conferencistas reconhecidos internacionalmente, abrilhantando essa trajetória.

Contamos, nestes 30 anos, com a presença contínua e ativa do nosso fundador, Walter Boechat, trabalhando intensamente pela nossa consolidação. Além disso, Walter: foi o fundador e dirige até hoje o curso de pós-graduação lato-sensu em psicologia junguiana, atualmente sediado na Universidade Estácio de Sá (UNESA); foi representante da AJB no Comitê Executivo da IAAP; fez parte do projeto da edição brasileira de “O Livro Vermelho de C. G. Jung”, e é assessor técnico da coleção editorial “Reflexões Junguianas” da Editora Vozes.

Aqui, no IJRJ, formaram-se algumas gerações de analistas junguianos: Angela Nacacio, Aurea Torres, Dulcinea Monteiro e Lygia Fuentes; Eliane Berenice Luconi, Gelson Luis Roberto, Helena Saldanha, Ligia Diniz, Maria Cristina Urrutigaray e Zara Lirio; Andrea Cunha, Humbertho Oliveira, Jorge Braga e Nara Santonieri; José Geraldo Mendonça, Mercedes Gutierrez, Maria Cecilia Zanatta e Maria Lucia Loredo Jorge; Ana Carolina Cueva, Ana Maria Salazar, Claudia Brasil, Daniela Benzecry; Claudia Semeghini, Leiza Pereira, Monica Santana e Riomar Freire; Gil Duque, Viviane Richardson. Ainda agregaram-se a nós ao longo desse tempo analistas vindos de outras formações: Sonia Havas, Sigrid Haikel e Vera Macedo. E por fim, mas certamente não os últimos, estão por fechar suas formações: Cristina Claudia Queiroga, Maria Claudia Vater, Maria Cristina Amorim, Marisa Gaspar, Maria de Fatima Coelho, Sergio Coutinho e Tereza Paiva.

Temos um grande contentamento e apreço pelo o fato de andarmos esses anos contribuindo para o desenvolvimento do pensamento junguiano através de algumas publicações realizadas por membros-analistas de nossa instituição: “Mitopoese da psique: mito e individuação” e “O livro vermelho de C.G.Jung: jornada para profundidades desconhecidas” (Walter Boechat); “Alma brasileira, luzes e sombra” e “Mitos e arquétipos do homem contemporâneo”, “O masculino em questão” (Walter Boechat, organizador); “Terapia familiar – mitos, símbolos e arquétipos” (Paula Boechat); “Depressão e envelhecimento – saídas criativas”, “Aposentadoria – ponto de mutação?” e “Mulher: feminino plural” (Dulcinea Monteiro); “Espiritualidade e Finitude”, “Puer senex: dinâmicas relacionais”, “Jung e o cinema: psicologia analítica através dos filmes”, “Sonhos: do cotidiano do arquétipo”, “Dimensões do envelhecer”, “Metanóia e meia-idade”, “Arteterapia: arquétipos e símbolos” e “Assim falaram Nietzsche e Jung” (Dulcinea Monteiro, organizadora); Arte, linguagem da alma – Arteterapia e psicologia junguiana” (Ligia Diniz); “Mitos e arquétipos na arteterapia” e “Arteterapia e deusas – vivenciando o Olimpo” (Ligia Diniz, organizadora); “Arteterapia – transformação pessoal pelas imagens”, “Interpretando imagens, transformando emoções” (Maria Cristina Urrutigaray); “Cores, formas e expressão: emoçao de lidar e arteterapia na clinica junguiana (Claudia Brasil); “Corpo expressivo e construção de sentidos”, “Mitos, folias e vivências” e “Desvelando a alma brasileira – psicologia junguiana e raízes culturais” (Humbertho Oliveira, organizador); “Sentimentos, valores e espiritualidade – um caminho junguiano para o desenvolvimento espiritual” e “Drogadicção, a recuperação em A.A. e N.A. e a espiritualidade – à luz da psicologia de C.G.Jung” (Daniela Benzecry).

E por fim, estamos orgulhosos e enriquecidos pelas parcerias construídas com a Casa das Palmeiras, com o Núcleo de Bioética da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com a graduação de Literatura da UFRJ e com a Academia Brasileira de Letras, através do seu atual presidente Marco Lucchesi.

Em comemoração a estes 30 anos, no segundo semestre deste ano será realizado um ciclo de atividades. Para informações é só acompanhar o site http://institutojunguianorj.org.br/ e as páginas de redes sociais (Facebook e Instagram) do Instituto Junguiano do Rio de Janeiro (IJRJ).

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